Farsa em capítulos: Ceeteps abre inscrições para eleição de
superintendente e vice
A
Deliberação CEETEPS número 05, de 01/10/2012, informa que estão abertas as
inscrições para o cargo de Diretor Superintendente e Vice-Diretor
Superintendente. O período é de 02/10/2012 a 15/10/2012. Os interessados devem
entregar curriculum e plano de gestão.
A
informação acima é parte de mais um capítulo na farsa em que se constitui o
processo eleitoral no Centro Paula Souza. Absolutamente pró-forma, a abertura
de inscrições não tem valor real algum. É um jogo de cartas marcadas. A ascensão
ao cargo de quem quer que seja não dependerá de nós, trabalhadores e estudantes
do Ceeteps.
Assim
como na indicação nos dois mandatos de Marcos Antonio Monteiro e nos dois
mandatos de Laura Laganá, seis pessoas, estranhas ao Ceeteps em sua maior
parte, que compõem o Conselho Deliberativo do Centro, é que vão “eleger” os
próximos dirigentes da autarquia. Elas enviarão ao governador uma lista
tríplice para cada cargo e caberá a ele a canetada final.
Através
deste sistema, o Ceeteps vai sendo dirigido por pessoas ligadas ao PSDB,
submetidas às demandas do partido, alheias aos interesses da comunidade e sem
qualquer compromisso com os professores, funcionários e alunos. É por isso que
temos o mais baixo salário da educação profissional e tecnológica do Brasil; é
por isso que as condições de trabalho são ruins e, às vezes, até precárias; é
por isso que a expansão do Ceeteps é feita ao sabor dos desejos e compromissos
políticos; é por isso que não há democracia em nossa instituição e que, nos
poucos rincões em que há alguma participação da comunidade, a escolha de
diretores de unidades nem sempre acaba com a nomeação do primeiro colocado.
Mas
este quadro já foi diferente, quando elegemos diretamente um superintendente (o
professor Elias Horani), em 1992. Isso mostra que é possível, se houver
interesse da comunidade acadêmica, democratizar o Ceeteps.
Campanha
O
Sinteps propôs à comunidade a realização de uma ampla campanha pela
democratização do Centro em 2012, com a participação dos trabalhadores e o
envolvimento dos estudantes. O objetivo era pressionar o Conselho Deliberativo
do Ceeteps a aprovar a realização de eleições diretas, seja na administração
central, seja nas unidades, com a participação paritária (peso igual para
professores, servidores e estudantes).
Um
abaixo-assinado circulou em várias unidades pelo estado e alguns atos públicos
chegaram a ser realizados pelo Sinteps e pelas entidades representativas dos
estudantes. No entanto, o envolvimento da categoria não foi suficiente para
interferir, de fato, nas regras do jogo.
Se
queremos regras democráticas e se queremos respeito, é preciso ampliar a
mobilização!
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